quinta-feira, 15 de abril de 2010

A porta

Eu sempre te amei.
Te amei diferente das outras formas de te amarem.
Para muitos eu não era fria, mas gélida.
Compreenda que era minha armadura, para que no dia em que fosse partir definitivamente eu não sofresse.
Mesmo assim, sofri, chorei, me despedacei por completo e tudo isso aconteceu dentro de mim.
E te vi de longe, tentei me aproximar o máximo que eu podia, mas quis levar comigo as lembranças boas que tu deixaste para mim. Elas ainda são tão vivas dentro de mim que eu posso sentí-las, tocá-las, ouví-las......
Ah! Deveria ter aproveitado mais a tua presença quando esteve aqui comigo, me arrependo e me perdôo para que fiques em paz onde estiveres nesse universo tão infinito e espero te encontrar quando eu atravessar a mesma porta onde você passou, a porta para a eternidade.


(Foi inspirado na lembrança do meu pai que já faleceu há mais de 3 anos)

(Natália Ferreira)

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